Durante uma temporada onde a criatividade tem ultrapassado limites tradicionais, a Prada provocou e encantou ao colocar os “vilões” no centro das atenções. A coleção que tomou conta da passarela transformou o arquétipo do antagonista em protagonista absoluto, desafiando o conceito de beleza clássica com uma narrativa ousada e profundamente teatral.
Na passarela, figuras que evocavam a estética dos vilões cinematográficos surgiram com cortes marcantes, sobretudos dramáticos, cores intensas e uma aura misteriosa. Não era sobre literalidade, mas sobre atitude. Prada trouxe personagens que pareciam ter saído de um roteiro noir homens e mulheres de olhares profundos, silhuetas afiadas e presença dominante.

Essa proposta traduz uma reflexão sobre poder, controle e a dualidade entre sombra e luz — temas tão atuais no imaginário coletivo. O styling reforçou essa estética com materiais como couro, vinil, alfaiataria severa e detalhes góticos sutis, tudo temperado com a sofisticação inata da marca.

Mais do que uma provocação visual, foi uma declaração: a Prada continua a ser mestre em conduzir narrativas que dialogam com a moda, o comportamento e a cultura contemporânea. Ao transformar a figura do vilão em ícone de estilo, a grife nos lembra que moda também é sobre subversão — e que, às vezes, os personagens mais interessantes não vestem branco.
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